Desfile de 2 de Julho de 1866
Ilustração de Gavarni para o L'Illustration Journal Universel, do desfile de Dois de Julho de 1866. Acompanha o artigo (ao lado) publicado nesse jornal, em dezembro do mesmo ano.
A cena se passa na descida da Ladeira da Soledade, vendo-se parte da lateral Convento. Esse é um trecho do início do Desfile, que sai do Largo da Lapinha e logo desce a Soledade.
Posteriormente, houve reformas e ampliações do Convento da Soledade, de forma que as linhas atuais de sua arquitetura não são exatamente as mesmas.
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Primeira página do jornal em que o artigo sobre a Bahia foi publicado.
Tradução do artigo do Jornal, com correções (à direita).
A FESTA DE ANIVERSÁRIO DA BAHIA
A populosa Cidade de Salvador celebra todos os anos, no dia 2 de julho, com festividades públicas, o aniversário da conquista armada que consolidou, em 1823, a emancipação dessa província e da Independência do Brasil, que havia permanecido sob domínio de Portugal até 7 de setembro de 1822.
Este ano, as comemorações começaram de forma um tanto triste, pois a Guerra que o Brasil faz no Paraguay deixou, na Bahia, mais uma lembrança de luto, uma vez que a cidade tem vários milhares de pessoas no exército em campanha.
Mas, graças à feliz iniciativa de algumas pessoas, no final do dia, uma aparição tão agradável quanto interessante de um navio à vapor que percorreu a Cidade, cativou grande parte da população.
Este navio, representado na nossa gravura, lembrou a fragata à vapor Amazonas e, portanto, rendeu tributo ao brilhante combate da armada brasileira sobre a do Paraguay, nas águas do Riachuelo, em 11 de junho de 1865. O desfile teve o maior sucesso.
Léon Creil
Nota do editor: a Bahia enviou mais soldados para a Guerra do Paraguay do que todas as outras províncias. A Batalha Naval do Riachuelo, vencida pelo Brasil, é a data magna da Marinha brasileira.
Mais: a chegada de Dom Pedro II em Salvador, em 1859, em reportagem do mesmo jornal.