Capoeira

 

A Capoeira é uma arte marcial baiana, com raízes no século 18 ou antes. A Capoeira que existe na África é baiana, se fosse africana teria outro nome.

Suas raízes não são bem conhecidas. Acredita-se que teve influência de antigos rituais africanos. Pode ter tido também influência de artes marciais asiáticas, trazidas pelos portugueses, que retornando de seus domínios na Ásia, passavam pela Bahia. O Maculelê, por exemplo, também é baiano, mas tem raízes em danças mouriscas, possivelmente trazidas pelos pauliteiros portugueses. Muito da cultura baiana foi daqui para a África.

Até o século 19, era praticada em uma forma rudimentar. Na primeira metade do século 20, a capoeira deixou o folclore para se transformar em uma arte marcial pelos grandes mestres baianos.

Até o início do século 20, sua prática era proibida. Os capoeiristas eram perseguidos pela polícia e escondiam-se nas capoeiras um tipo de vegetação baixa e fina comum em algumas regiões da Bahia.

Em 1937, foi descriminalizada. Surgiram, então, as primeiras escolas em Salvador, com destaque para os mestres Bimba (estilo regional) e Pastinha (estilo angola). Posteriormente, esses estilos difundiram-se em todo o Brasil. Hoje, existem escolas de Capoeira em vários países.

A luta utiliza principalmente os pés com movimentos rápidos e frequentemente acrobáticos. Instrumentos de percussão, como o pandeiro e o berimbau, são geralmente usados para a marcação.

A Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira foram reconhecidos pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro, em 2008. Em novembro de 2014, a Roda de Capoeira foi reconhecida, pela Unesco, como Patrimônio Cultural da Humanidade. Hoje, a Capoeira é praticada em todo o Brasil e em mais de 150 países.

 

Cultura Baiana

 

 

Mestre Pastinha, em foto de Anizio C. de Carvalho, em 1967.

Vicente Joaquim Ferreira Pastinha nasceu em Salvador, em cinco de abril de 1889. Começou a aprender Capoeira aos oito anos, com o mestre Benedito. Serviu a Marinha e estudou no Liceu de Artes e Ofício. A partir de 1910, começou a ensinar Capoeira, embora fosse proibido, e desenvolveu o estilo de Capoeira angola. Pastinha faleceu em 1981 e tornou-se, junto com o Mestre Bimba, uma das principais referências da Capoeira.

 

Arte marcial

 

Pastinha

 

Capoeira

 

Mestre e alunos praticam capoeira junto ao Cruzeiro de São Francisco, Centro Histórico da Cidade.

 

Capoeira no Porto de Salvador, em fotografia de Pierre Verger, publicada em reportagem da revista O Cruzeiro de 3 de maio de 1947.

 

Maculele

 

Waldemar da Paixão

 

O Mestre Waldemar da Paixão (à direita na foto) jogando Capoeira na casa de Mário Cravo Jr., no Rio Vermelho, nos anos 1950. A escultura (direita) é o Tocador de Berimbau. Waldemar Rodrigues da Paixão nasceu na Ilha de Maré, em Salvador, em 22 de fevereiro de 1916. Montou sua academia no bairro da Liberdade, nos anos 1940. Faleceu em 1990.

 

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Capoeira no Centro Historico

 

Artes Marciais

 

Berimbau, um instrumento de percussão usado para marcar a cadência da luta nas rodas de Capoeira.

 

Cena do filme Besouro, da Capoeira nasce um herói (2009, de João Daniel Tikhomiroff). Conta a história do capoeirista baiano Manoel Henrique Pereira (1895-1924), o Besouro de Mangangá. Trilha sonora da Nação Zumbi. O filme foi realizado após o sucesso do musical Besouro Cordão de Ouro, com base no mesmo personagem.

 

Berimbau

 

Capoeira filme

 

Roda de Capoeira no Morro do Cristo, Salvador.

 

Historia da Bahia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capoeira

 

 

C. Knepper

 

 

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Paulo Mussoi